JOAQUIM TEIXEIRA SABÓIA

1892 – 1900

Nascido na Lapa, em 21 de maio de 1856, foi nomeado professor em Rio Negro no ano de 1875, missão desempenhada como se fosse um sacerdócio. A localidade de São Lourenço, onde alguns pioneiros alemães haviam se instalado em 1829, foi o primeiro cenário de suas atividades pedagógicas.

MESTRE QUINCO, como era carinhosamente chamado, dedicou-se por muitos anos ao magistério. Casou-se em 7 de janeiro de 1880 com Isabel Bley.

Em 1880 transferiu-se para a sede do município filiando-se ao Partido Conservador e ingressando na vida política como camarista. Em 1888 foi removido para Antonina, remoção que  não se efetivou, pois decidiu desligar-se do magistério, tornando-se comerciante.

Joaquim Teixeira Sabóia encontrava-se na Presidência da Câmara Municipal quando a República foi proclamada. Foi nomeado prefeito interino, sendo eleito sucessivamente por dois quatriênios, sendo o segundo interrompido no período entre 9/12/1893 a 2/7/1894, em função da Revolução Federalista, ou Revolução Brasileira, como prefere Noel Nascimento.

Na passagem da Revolução Federalista por Rio Negro, onde se implantou um ajunta governativa revolucionária, foi afastado do cargo.

Vencidas as intempéries e restabelecida a ordem republicana, o município ficou sob a jurisdição do interventor federal José Elias Moreira até 1896. Durante a intervenção inaugura-se o tráfego ferroviário, ligando Rio Negro a Curitiba e Paranaguá, situação mantida até meados dos anos 60 do século passado.

Apaziguada a situação no Sul do Brasil, “Mestre Quinco”, retornou  o posto de chefe do Executivo, sob os louvores da população que tanto o estimava.

Realizadas novas eleições, Joaquim Teixeira Sabóia voltou ao poder municipal. Como tarefa inicial frente ao governo do município, executou os procedimentos de estudos e execução do primeiro plano urbanístico de Rio Negro. Com a concretização dessa obra, Rio Negro começou a se efetivar como uma das mais belas e planejadas cidades do Paraná.

Dentre as grandes realizações, encontram-se a construção e inauguração do Paço Municipal em julho de 1899. Em 1908 assumiu o posto de Coletor Federal, exercendo-o até seu falecimento em 20 de setembro de 1918.

ANTÔNIO JOSÉ CORREIA

21/9/1900 – 5/3/1907

Prefeito por 7 anos, Antônio José Correia inaugura uma fase política dominada pelos produtores de mate e seus correligionários.

Nascido em 24 de dezembro de 1865, ingressou na vida política em Rio Negro em 1888 exercendo o cargo de Sub-Delegado de Polícia e sucessivamente, Juiz Distrital, Capataz do Porto e Juiz Municipal.

Um dos pioneiros da indústria do mate em Rio Negro, fundou a primeira fábrica de beneficiamento do produto nesta cidade em 1893, o Engenho Bom Jesus, em sociedade com o Coronel Miguel José Grein, o homem forte do Partido Republicano em Rio Negro.

Na gestão de Antônio José iniciam-se as obras de urbanização e sanitarismo, seguindo a tendência que acontecia em todos os municípios do País.

Na sua gestão foi edificado o Mercado Municipal, regulamentados os termos de concessão dos lotes do Rocio, pelo Decreto nº 12 de 5 de fevereiro de 1901 e também é concedido grande apoio à imigração e ocupação do território do município conforme nos demonstra Raul de Almeida:

Em oficio de 21 de maio de 1901 o Prefeito informa:

[...] Esta Municipalidade em terras devolutas e deseja povoá-las e para esse fim dá aos imigrantes, isento de impostos por cinco anos,  lotes de 48.000 metros quadrados em redor da cidade, podendo dar  maio quantidade conforme o cultivo que possa fazer cada família. ( ALMEIDA, 1976, p.81)

Eleito Deputado Estadual para o biênio 1907-1908, deixou o cargo de Prefeito sendo o mandato concluído por Basílio Celestino de Oliveira.

Exerceu outras funções dentro do poder público, fruto de seu prestígio político. Foi Chefe de Fiscalização dos Impostos na Cidade de Rio Negro, Sub-Inspetor de Rendas no Estado, Coletor interino em Ponta Grossa e Inspetor das Rendas Estaduais da 5ª. Seu filho Dagoberto, foi por muitos anos Secretário da Câmara Municipal. Em 1910 mudou-se para Paranaguá e, e, seguida, para Cutitiba, onde faleceu em 1º de Outubro de 1928.

THOMAS BECKER

21/9/1908 – 21/9/1912

Nascido em Rio Negro, quando este território fazia parte da 5ª Comarca de São Paulo, e, 9 de novembro de 1850.

Era filho de Gregório Becker e de Maria Weber. Profissional da área do comércio, exerceu durante 16 anos o cargo de Secretário da Câmara Municipal.

Casou-se com Zeferina Ferreira Becker, de cuja união nasceram dois filhos que se tornaram muito importantes para Rio Negro – Ermelino Becker e Palmira Becker.

Em parceria com Joaquim Teixeira Sabóia, fundou em 1882 uma escola para adultos onde e atuavam por pura bondade, uma vez que a iniciativa não tinha fins comerciais.

Entre 1890 e 1892, exerceu o cargo de Tabelião de Notas, Escrivão de Órfãos e mais Anexos do Termo Judiciário de Rio Negro, cargo que seu filho Ermelino Becker desempenhou mais tarde por longos anos.

Compôs a Câmara Municipal em algumas legislaturas sendo eleito Prefeito Municipal em 1908, exercendo o mandato no período de 21 de setembro de 1908 a 21 de setembro de 1912.

Durante seu governo é fixado o “Quadro Urbano da Cidade de Rio Negro”.

Também foi legalizada institucionalmente a doação do terreno para a construção da Igreja Matriz e concretizadas duas grandes aspirações da Comunidade Rionegrense:

- a inauguração dos serviços de instalação de luz elétrica, substituindo os antigos lampiões a querosene;

- a inauguração dos serviços de instalações a querosene.

Thomaz Becker falece no dia 19 de abril de 1914, deixando um saldo de grandes obras em prol do Município durante sua longa trajetória como homem público.

LEOPOLDO XAVIER DE ALMEIDA

21/9/1912 a 21/9/1916

Nascido em Rio Negro em 16 de janeiro de 1872, Leopoldo Xavier de Almeida, membro de importante tronco político de Rio Negro, tinha a política no sangue. Seu pai, Capitão Severo José de Almeida e o irmão Alfredo Xavier de Almeida, figuraram em cargos eletivos do Município desde o período imperial. Leopoldo foi grande industrial do ramo de beneficiamento de erva-mate.

Elegeu-se Prefeito Municipal e exerceu o cargo entre 21 de setembro de 1912 e 21 de setembro de 1916. Durante seu governo, desenrola-se a fatídica Guerra do contestado, que acabou custando ao Município boa parte do território, em função do desastrado e malfadado Acordo de Limites entre Paraná e Santa Catarina, em que Rio Negro perdeu a maior parte de sua extensão territorial, passando dos quase 6.000km2 para apenas 1.1419km2, na época. Infelizmente, com os desmembramentos dos distritos de Antônio Olinto, Campo do Tenente e Piên, o Município ficou com apenas 591,5 km2.

No governo de Leopoldo ocorreu a instalação do Telégrafo Nacional, Rio Negro, que dinamizou de forma extraordinária o serviço de comunicações daquela conturbada época da Primeira Grande Guerra Municipal.

Uma das grandes realizações do governo Leopoldo Xavier de Almeida é a entrada em funcionamento, a 15 de março de 1914, dos serviços hidroelétricos proporcionados pela Usina de São Lourenço, além da contratação dos serviços de abastecimento de água e esgoto.

No setor de transportes Leopoldo teve atuação digna de nota pois foi concluída e inaugurada a linha ferroviária São Francisco (SC) – Porto União, importante via de escoamento da produção ervateira do sul do Paraná e norte de Santa Catarina.

Leopoldo faleceu a 11 de novembro de 1946, deixando lacuna considerável na política rionegrense.

JOAQUIM FERREIRA DO AMARAL E SILVA

21/9/1916 a 21/9/1920

6/10/1930 a 5/12/1935

Nasceu a 3 de maio de 1875, na cidade da Lapa. Era filho do Coronel Seraphim Ferreira de Oliveira e Silva e de Júlia Moreira do Amaral.

Estudou no ginásio Paranaense, em Curitiba, formou-se Engenheiro Geógrafo na Escola Politécnica de São Paulo em 1899, no mesmo ano em que se casou e fixou residência em Rio Negro, onde passou a exercer o cargo de Comissário de Terras, cargo que manteve até 1919.

Em 1904 elegeu-se camarista para o quatriênio 1904-1908, chagando à Presidência da Câmara. Eleito novamente camarista em 1912, substituiu o Prefeito Municipal frente ao Executivo.

Joaquim Ferreira do Amaral e Silva teve extensa vida política conforme nos demonstra Djalma Forjaz:

Em 1905, foi suplente do Juiz Federal e Camarista no quatriênio   de 1904 a 1908, ocupando também a Presidência da Câmara.  Representou Rio Negro no Congresso do Estado no biênio de 1906 a 1908. Em 1912 foi eleito novamente camarista, tendo substituído o Prefeito local. Foi Vice-Presidente do Estado no quatriênio de 1916 a 1920, tendo sido Prefeito do Rio Negro, neste mesmo quatriênio e administrado o município com desvelado zelo e dedicação. (FORJAZ,  1929, P. 131)

Defendeu com grande afinco os direitos paranaenses na questão dos limites com Santa Catariana, e mesmo com a divisa do município, dedicou seus esforços na busca de compensar as perdas rionegrenses e reestruturar a arrecadação municipal frente às arbitrariedades cometidas tanto pelo  Estado vizinho com pelo próprio governo do Paraná, conforme nos demonstra o ofício de fevereiro de 1919, encaminhado ao Presidente do Estado do Paraná, Affonso Alves de Camargo. Onde relata:

[...] O Acordo de Limites assinado entre os Estados do Paraná e Santa Catarina, dividiu em duas a cidade de Rio Negro. O último Estado acima referido bafejado, pela Providência, ficou de posse de zona riquíssima, cheia de Colônias e muito produtora. [...] O resultado foi a escassez de gêneros de primeira necessidade, trazido pelos colonos e  consumido em Mafra logo ao serem recebidos. O vizinho Estado na sua lei de impostos tornou elevadamente todos seus produtos coloniais que não são consumidos dentro de seu próprio; além disso a Coletoria do      Rio Negro tem cobrado o imposto de Comércio sobre os mesmos artigos  [...] Apela-se para o patriotismo e intervenção reconhecimento sábia de V. Exa. se digne entrar em entendimento com o Governo de Santa Catarina a fim de serem isentos de ditos impostos os gêneros de   produção municipal – de um e de outro lado -  que devem ser consumidos pelos habitantes das cidades e seus arredores.

Com o desenrolar da Revolução de 30, que levou Getúlio Vargas ao poder no Brasil, voltou à frente do Executivo Municipal no período de 6 de outubro de 1930 a 5 de dezembro de1935.

FELIPE KIRCHNER

1921 – 1924

Nasceu em 8 de maio de 1958 em Itajaí, Santa Catarina, onde a família Kirchner tinha grande prestígio político, pela atuação no agenciamento de transportes fluviais e marítimos, exportação e importação dos mais variados bens e matérias primas, como madeira, erva-mate, material de construção e gêneros alimentícios.

Engenheiro agrimensor, trabalhou no Uruguai, na cidade de Paissandu, onde constituiu família ao casar-se com Lina Tietz em 26 de outubro de 1890.

Ao transferir-se para Rio Negro em 1893, prestou relevantes serviços a diversas administrações do município. Atuou com professor primário e ingressou na política, exercendo diversos  cargos eletivos.

Foi Camarista de 1916 a 1920, chefe do Diretório Político do Partido Republicano Paranaense, no município, Presidente da Câmara, Prefeito no período de 1921 a 1924. Seu mandato foi marcado por grandes construções que moldaram a identidade rionegrense, como a instalação do Seminário Seráfico São Luis de Tolosa, a construção do Hospital Bom Jesus, instalação da Agência do Banco Pelotense e da Estação Metereológica, atualmente em frente ao Cemitério Municipal de Rio Negro.

Além de político e agrimensor, Felipe Kirchner foi Coronel da Guarda Nacional e Juiz de Direito Substituto. Faleceu em 29 de março de 1927, em Rio Negro, onde se encontra sepultado.

Sua filha Margarida Kirchner revelou-se a maior educadora que Rio Negro teve, prestando relevantes serviços à Educação do Paraná e emprestando seu nome a uma das mais respeitadas instituições de ensino do Município que por muitos anos formou gerações de educadores que dignificam nossas escolas.

NIVALDO DE ALMEIDA

1924 – 1930

Último Prefeito do período que a historiografia classifica como República Velha, Nivaldo Xavier de Almeida. Filho do Capitão Severo José de Almeida, nasceu no dia 24 de julho de 1887.

Foi industrial do ramo madeireiro e teve vida social extremamente ativa. Foi camarista na legislatura de 1921 a 1924 e ao findar este mandato foi eleito Prefeito Municipal.

Ocupou a cadeira do Executivo, atuando com grande ênfase no planejamento e urbanização da cidade.

A promoção dos festejos do Centenário da Imigração Alemã para Rio Negro foi um ponto marcante na sua administração, alcançando uma grande repercussão em todo o Estado do Paraná e mesmo em Santa Catarina.

Sua atuação administrativa ficou marcada pela concretização da estrada de rodagem de Rio Negro até Piên, que na época era um dos seus mais importantes distritos.

Também promoveu a reconstrução da estrada que ligava este município a Lapa, assim como também  procedeu à intervenção reparatória da estrada de Antonio Olinto.

Construiu diversas pontes em todo o território rionegrense, auxiliou na construção do prédio do Fórum, em parceria com o Estado do Paraná. O fórum foi inaugurado em 8 de janeiro de 1928, com todas as pompas oficiais, com a presença das mais gradas autoridades do Executivo e do Judiciário do Estado.

Na gestão de Nivaldo também foi concretizado o ajardinamento da Praça da Matriz, denominada posteriormente de Praça Coronel Buarque.

Também foi iniciativa de Nivaldo a instalação da Biblioteca Pública Municipal em 1926, hoje meritoriamente designada de Biblioteca Municipal Venceslau Muniz.

Dando sequência ás obras sanitaristas, construiu o Matadouro Modelo, todo em alvenaria que contava com um excelente serviço de provisão de água e destinamento adequado do esgoto, novidade na época.

Reeleito em 1928, teve seu mandato interrompido em virtude dos desdobramentos da Revolução de 1930, comandada por Getúlio Vargas.

Com este fato, Nivaldo de Almeida retirou-se da vida pública que exerceu com muita dignidade e respeito ao povo rionegrense, tendo realizado uma gestão altamente profícua, reconhecida não só por seus conterrâneos como por grande parte do mundo político do Estado.

Faleceu em 10 de novembro de 1960.

RAUL DE ALMEIDA

5/12/1935 – 28/3/1944

Nascido em Rio Negro no dia 6 de julho de 1900, Raul de Almeida foi um dos homens mais atuantes do município na primeira metade do século XX.

Atuou como diretor de sociedades recreativas, esportistas e beneficentes, foi comerciante, pecuarista e industrial do mate.

Deu apoio especial à Sociedade Agricultura “União”, da qual era sócio e colaborador, conseguindo a doação de um touro reprodutor para melhoria no seu plantel.

Segundo o próprio, por algum tempo atuou na vida política.

Sobre sua eleição para Prefeito, em 1935, escreveu:

O movimento integralista teve grande repercussão em Rio Negro lá pela década de 30 com a adesão de diversas pessoas representativas do lugar [...]. Na eleição para a escolha de Prefeito Municipal em 1935, só a coligação de próceres políticos do Partido Social Democrático (do Governo) com elementos da indústria, do comércio e da lavoura (desligados da política), habilmente conseguida pelo Dr. Ovande do Amaral, médico de grande prestígio político e presidente do diretório daquele partido, pôde conseguir a vitória para o candidato governamental, pela exígua maioria de 145 votos. Esse candidato, eleito por tão minguada maioria, foi este mesmo que agora está a contar a história. (ALMEIDA, 1976, p.142).

Com o apoio popular, Raul de Almeida assumiu o cargo de Prefeito em 5 de dezembro de 1935. Através do apoio logístico dispensado por parte do poder público, durante sua gestão, instalou-se o 2º Batalhão Ferroviário em Rio Negro, o que resultou em um dos maiores orgulhos para os rionegrenses, pela presença de uma unidade do Exército Nacional em nosso território.

Prova desse orgulho é a inauguração da praça pública no entorno da Igreja Mariz, com o nome de Coronel José Sérvulo de Borja Buarque, primeiro comandante do 2º Batalhão Ferroviário de Rio Negro. De forma abreviada, esse logradouro público é conhecido como Praça Coronel Buarque ou simplesmente Praça da Matriz.

Historiador, Raul de Almeida foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná – IHGPR e escreveu as obras “A estrada da Mata – Origem de Rio Negro” escrito em 1875 e “História de Rio Negro – Estado do Paraná”, concretizada um ano mais tarde, duas obras que são “bíblias” para quem deseja estudar a  história e o desenvolvimento rionegrense.

Em 1937 iniciou as obras de construção do prédio da maternidade, concluída pelo governo do Estado do Paraná.

Através de nomeação federal, teve seu mandato ampliado, mas por decisão própria, pediu afastamento do cargo em 28 de março de 1944. Nesse ano, transferiu residência para Curitiba onde faleceu em 17 de julho de 1984.

MATHIAS AUGUSTO BOHN – O “BONZITO”

5/11/1946 – 26/4/1947

8/12/1947 – 8/12/1951

Nascido em Rio Negro em 8 de março de 1905, estudou inicialmente no instituto Rionegrense de Educação e concluiu sua formação no seminário dos Irmãos Maristas em Curitiba.

Atuando na vida pública como Delegado e Vereador, foi nomeado Prefeito do Município de Rio Negro em 5 de novembro de 1946 até 26 de abril de 1947.

Com o processo de abertura democrática pós-Estado Novo, que possibilitou novamente as eleições municipais, foi eleito por voto direto para o cargo de Prefeito para o período de 8 de dezembro de 1947 a 8  de dezembro de 1951.

Durante sua administração, destacam-se o inicio da implantação do calçamento nas principais ruas da sede do município, obras do serviço de água e esgoto, bem como ajardinamento da Avenida Xavier da Silva.

Na área educacional, os investimentos proporcionaram a instalação e funcionamento do primeiro Ginásio Estadual, atualmente Colégio Estadual “Presidente Caetano Munhoz da Rocha”, a construção do Colégio Estadual Caetano “Doutor” Ovande do Amaral”, além de várias escolas na zona rural do município e a Escola Normal de Rio Negro.

No campo da segurança pública e das comunicações, fatores imprescindíveis para o desenvolvimento do território, ganham destaque a construção da Delegacia de Policia e do prédio dos Correios e Telégrafos, além da assinatura do contrato com a Companhia Telefônica Catarinense que prestou serviços de telefonia automática no município.

As preocupações com a saúde da população levaram o governo municipal a criar o Posto de Saúde Pública e o Posto de Puericultura. Para atendimento da zana rural Associação Rural, que dentre outras atividades prestava apoio no sentido de agregar renda nas pequenas propriedades, atuava distribuindo sementes e reprodutores de diversas raças equinas e bovinas, visando melhor qualidade dos rebanhos do Município e aumento da produção de carne, leite e derivados.

Além do apoio às instituições filantrópicas do Município, Mathias Augusto Bohn atuou em praticamente todas as áreas, fato que o fez ficar conhecido como o “Prefeito Bonzito”.

Mathias Augusto Bohn faleceu em 10 de maio de 1953.

SEBALTO MAIDL

8/12/1951 – 8/12/1956

Nascido em Rio Negro, em 9 de abril de 1918. Sebaldo Maidl era descendente de tradicional família alemã-bucovina.

De conhecida origem no comércio de secos e molhados, Sebaldo era sócio majoritário da “Casa Maidl” no Campo do Gado, negócio que seu pai Carlos Maidl fundou e era proprietário. Sebaldo Maidl deu sequência ao negócio da família.

Em face da grande facilidade que Sebaldo tinha em fazer amigos e se comunicar, aos poucos foi ganhando notoriedade e passou a atuar na política.

Desta forma, foi eleito o 17º Prefeito Municipal. Sua gestão foi de 8 de dezembro de 1951 a 8 de dezembro de 1855.

Com certeza Sebaldo Maidl tornou-se o primeiro Prefeito de Rio Negro como representante da etnia alemã-bucovina.

Do seu governo, destacamos a tentativa de implantação de uma colônia de agricultores japoneses, localizada próxima ao Lageado dos Cordeiros, conforme nos demonstra o mapa do município datado do ano d e1953.

Esta experiência que contava com cerca de 30 famílias, necessita uma revisão por parte da historiografia municipal no sentido de apurar os desdobramentos dessa experiência, bem como os motivos que levaram os dirigentes municipais a tomar essa iniciativa e o desenrolar dos fatos posteriores à implantação da colônia nipônica.

Quanto à postura de Sebaldo Maidl enquanto homem público, Raul de Almeida o define da seguinte maneira:

Se Maximino Pfeffer se sacrificou na saúde pelo Rio Negro, Sebaldo Maidl por ele  deu tudo de si economicamente. Sendo abastado comerciante ao assumir o cargo, transformou-se pelo seu nobre coração, em protetor constante da população necessitada que ele acudia do seu próprio bolso. (ALMEIDA, 1976, p. 131)

Também devemos atribuir a Sebaldo Maidl a feliz ideia e iniciativa de proceder à arborização com ipês amarelos na Praça João Pessoa, usando ali a árvore símbolo nacional.

Após concluir seu mandato, Sebaldo retirou-se da cidade, transdferindo residência para o Norte do Paraná, com a família.

Pelo homem bom e pelos seus méritos, Sebaldo merece do Povo Rionegrense toda a consideração e o mais profundo respeito.

JEFERSON SANTIAGO

8/12/1955 – 25/1/1956

Nascido em 26 de dezembro de 1919, em São Borja, no Estado do Rio Grande do Sul, Jefferson Santiago era médico militar, “getulista”, e militante político do PTB.

Tendo sido transferido para o 2º Batalhão Ferroviário de Rio Negro, passou a dedicar-se à carreira política, logrando posição de destaque junto à sociedade rionegrense, o que lhe garantiu a candidatura à Prefeitura Municipal.

Estabelecido em Rio Negro, foi eleito Prefeito Municipal, assumindo o mandato a 8 de dezembro de 1955.

Entretanto, Jeferson não exerceu seu mandato plenamente, renunciando a ele em 25 de janeiro de 1956.

Desta forma, o cargo de Prefeito Municipal foi assumido pelo Vice-Prefeito eleito, Ervino Ernesto Brunquell.

ERVINO ERNESTO BRUNQUELL

25/1/1956 – 30/5/1956

Nascido em Rio Negro, em 30 de junho de 1920, Ervino Ernesto Brunquel era um bem-sucedido comerciante e militante político no município.

Foi vereador e elegeu-se vice-prefeito compondo chapa com o militar Capitão Jefferson Santiago.

Com a renúncia do titular, Ervino assumiu o cargo de Prefeito em 25 de janeiro de 1956, renunciando em 30 de maio do mesmo ano.

Em face da exiguidade do período de exercício do mandato, temos pouca informação a respeito deste Prefeito.

CELSO ANTÔNIO HENNING

20/5/1956 – 8/12/1959

Natural de Rio Negro, Celso Antônio Hening, nasceu em 4 de junho de 1931, filho de José Eduardo Henning e Romilda König Henning.

Realizou os estudos primários e secundários no “Internato Paranaense” dos Irmãos Maristas, em Curitiba e anos depois nesta mesma cidade recebeu o Prêmio “Medalha Correia Lima” no CPOR – Curso de Preparação de Oficiais da Reserva.

Formado em Engenharia Civil, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), tornou-se figura destacada no cenário político municipal, dentro de um contexto de efervescência democrática, após a queda do regime ditatorial do Estado Novo.

Elegeu-se Prefeito Municipal, vencendo as eleições em face do conturbado e efêmero mandato de Jeferson Santiago, que não alcançou estabilidade nem mesmo após a renúncia.

Eleito com grande apoio popular demonstrado nas urnas, exerceu o cargo de Prefeito Municipal no período de 20 de maio de 1956 a 8 de dezembro de 1959.

Ao assumir o cargo, Celso Antônio Henning ainda não tinha completado 25 anos, fato que o caracteriza como o mais jovem prefeito do Brasil até a  época.

Embora apresentando pouca idade, Celso Antônio Henning, mostrou grande competência à frente das atribuições de chefe do Executivo Municipal.

Durante seu mandato foram efetuadas obras de relevância social que marcaram a história do município. No plano urbanístico, foi efetuado planejamento e início do calçamento em diversas ruas e revestimento da malha asfáltica na altura do km 103.

A educação municipal também recebeu importante incentivo com  a construção de prédios escolares nas localidades de Sítio dos Hirt, Ribeirão Vermelho, Sítio dos Valérios, Pau de Casca e na área urbana, a criação da Escola Normal.

Os espaços de lazer, praças e logradouros públicos receberam atenção, destacando-se o ajardinamento e urbanização na Praça Coronel Buarque, criação da Praça Prefeito Mathias Augusto Bohn e as obras de melhoria na Praça João Pessoa.

Principal praça da cidade, a Praça João Pessoa recebeu investimentos  que trouxeram grande melhoria na iluminação  através de globos e melhoria da rede elétrica. A instalação de um parquinho infantil, que por décadas é ponto de encontro das famílias rionegrenses, importantíssimo na formação das gerações, também consta do rol de suas obras.

Marco na história do município em 2008, o parquinho infantil da Praça João Pessoa passou por ampla reformulação, quando recebeu novos e modernos brinquedos, um portal em estilo alemão-bucovino, sendo nomeado com justa homenagem de “Parque Infantil Prefeito Celso Antônio Henning”.

Erudito, uma carreira profissional brilhante, Celso Antônio Henning, o mais jovem Prefeito do Brasil e 20º na história de Rio Negro, faleceu precocemente, em 23 de junho de 1979, acometido pela insidiosa doença de diabetes, aos 48 anos.

Conheci Celso desde quando ele ainda era estudante no Internato Paranaense onde, junto como o irmão Diniz Assis Henning, o grande médico rionegrense, era dos primeiros colocados, estando sempre entre os três primeiros da turma, tive o privilégio de conhecer a grande alma e pessoa que ele era. Acompanhei-o em campanha política, no interior de Rio Negro, que ainda tinha como  distritos Piên, Pangaré e Quitandinha.

Vibrei com ele na posse como Prefeito. Aprendi a dirigir automóvel com ele. Trabalhei com ele na empresa de seu pai.

Por parte da avó Joanna Schelbauer, era descendente de alemão-bucovino e por parte do avô João Henning, descendia de alemães de Plön, no Norte da Alemanha.

ANIBAL PINTO CORDEIRO NETO

8/12/1959 – 8/12/1963

Nascido em Curitiba, em 14 de junho de 1931, formou-se em Direito na Universidade Federal do Paraná em 1954, iniciando um ano depois atividades em Rio Negro.

Em 1955, filiou-se ao Partido Trabalhista Brasileiro – PTB, sigla pela qual foi eleito vereador.

Em outubro de 1959 foi eleito Prefeito Municipal. Seu mandato se caracterizou pelo investimento em melhorias nas escolas de Piên, Quitandinha, Campo do Tenente e Rio Negro.

Organizou cursos de aperfeiçoamento para professores e promoveu a implantação do Programa de Merenda Escolar.

Em seu governo também foram feitos investimentos na rede de abastecimento de água, com a abertura de poços artesianos e início  da construção da Estação de captação e tratamento de água, obra concluída na gestão seguinte.

Durante sua gestão instalou-se no município a Empresa Souza Cruz que proporcionou estímulo muito grande na agricultura do fumo, com a adição de técnicas avançadas.

Foi incentivada a adoção da cultura do linho no município.

No campo social destaca-se a construção da Casa do Menor e do Adolescente Anna Zornig e a criação da Vila São Judas Tadeu, com o apoio do 2º Batalhão Ferroviário.

Trouxe o SAMDU – Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência, juntamente com a primeira ambulância, que foi de grande valia para o atendimento emergencial.

Apoiou a implantação no Município da MOVEC – Unidade Móvel do Banco do Brasil, que oferecia empréstimos a pequenos proprietários.

Na gestão de Aníbal, Rio Negro teve a honra de receber a visita do então Presidente da República, o Sr. Juscelino Kubitscheck de Oliveira, o criador e fundador da nossa atual Capital Federal, Brasília.

Aníbal Pinto Cordeiro Neto deixou o cargo de Prefeito em 8 de dezembro de 1963.

MAXIMIANO PFEFFER, O “Max Fefa”

30/1/1964 – 30/1/1969

Natural de Rio Negrinho, Santa Catarina, Maximiano Pfeffer, conhecido carinhosamente como “Max Fefa”, nasceu no dia 23 de julho de 1919, vindo ainda muito jovem residir em Rio Negro.

Trabalhou na construção do 2º Batalhão Ferroviário de Rio Negro e ingressou n apolítica, assumindo o cargo de vereador em 1955.

Eleito Prefeito Municipal, administrou o Município no período de 30 de janeiro de 1964 a 31 de janeiro de 1969.

Na sua gestão, destacam-se os investimentos na perspectiva do desenvolvimento industrial de Rio Negro, sendo que para isso foi criado o Conselho do Desenvolvimento de Rio Negro – CODERN – órgão responsável pela discussão e implementação de projetos voltados para a industrialização e o início da implantação do parque industrial.

A sede do Município também recebeu investimentos sendo pavimentadas importantes ruas da cidade. Na área do saneamento básico a distribuição de água tratada recebeu investimentos.

No mandato de Maximiano Pfeffer se instalou a SANEPAR. E ainda foi aprovada a Lei nº 23/68 que autorizava o Poder Executivo a instituir os símbolos municipais: o brasão de armas e a bandeira.

Segundo Pinto, Portes e Foohs (2007, p. 247), o lema do Município, TRABALHO, FÉ E ESPERANÇA, na bandeira municipal, teria sido escolha do Prefeito Maximiano Pfeffer.

Os símbolos municipais e o Hino do Município forma definidos e em uso até o presente, em virtude da Lei nº 168 de 3/12/74, que diz em sua súmula:

“ Dispõe sobre a reforma e a apresentação dos símbolos do Município de Rio Negro/PR e dá outras providências.”

Aliado a isto, a iluminação municipal recebeu especial atenção com a adoção do sistema a mercúrio. Foram incrementadas outras ações como o calçamento de ruas, aberturas de galerias pluviais e aquisição de maquinário de terraplanagem.

Durante a gestão de “Seu” Max foi iniciada a construção da Ponte Interestadual “Coronel Rodrigo Ajace”, inaugurada em abril de 1969, na gestão de seu sucessor.

Foram muitos os investimentos em prol da Comunidade Rionegrense, marcando a gestão de “Seu Mas” como de alto desempenho  e exemplo de administração pública.

Terminando o mandato, “Seu Max” foi eleito vereador. Infelizmente não chegou a exercer, nem mesmo assumiu a função devido à sua morte em 1º de abril de 1969.

ALVARO CÉSR JÚNIOR

31/1/1969 – 31/1/1973

Natural de Rio Negro, Álvaro César Júnior nasceu no dia 31 de outubro de 1913.

Agrimensor, atuou como Inspetor Rural Municipal, na gestão do Prefeito Raul de Almeida, cargo equivalente ao de Secretário de Agricultura, na atualidade.

No mandato de Celso Antônio Henning, foi Diretor do Serviço de Edificações e Cadastro, cargo e função que hoje seria de Secretário Municipal de Obras.

Excelente desenhista, confeccionou mapas e plantas do perímetro urbano e rural do município, muitos usados até recentemente, salvo alterações nos quadros  urbanísticos efetuadas posteriormente.

O talento de desenhista lhe rendeu nomeação do Ministério da Guerra para atuar nesse ofício na Fábrica do Exército Brasileiro, em Curitiba, nomeação que recusou, escolhendo continuar servindo na terra natal como funcionário público, cuja atuação somente findou com a aposentadoria.

Seguindo os passos do pai, Álvaro de Carvalho César, importante membro da Câmara Municipal por algumas legislaturas, ingressou na política, exercendo o mandato de Prefeito Municipal de 31 de janeiro de 1969 até 31 de janeiro de 1973.

Como prefeito, empreendeu novo Zoneamento do Quadro Urbano e Sub-Urbano do Município, cumprindo projeto aprovado pela Câmara Municipal em 15 de março de 1969.

Concluiu os serviços de iluminação pública em mercúrio misto, nas Avenidas General Plínio Tourinho, Saturnino Olinto e Vicente Machado.

A infraestrutura e o fluxo do trânsito veicular e de pedestres foram agraciados com a inauguração da Ponte Interestadual “Coronel Rodrigo Ajace”, em abril de 1969, conseguida junto ao Governo Federal mediante a intermediação do Coronel Rodrigo Ajace, junto ao Ministro de Viação e Transporte, Mario Andreazza, que se fez presente na solenidade de inauguração, juntamente com o Governo do Paraná Paulo Pimentel.

Por ocasião dessa solenidade, as ruas do centro foram maravilhosamente decoradas pelas Irmãs e alunos do Colégio São José, hoje Bom Jesus, lindíssima iniciativa digna de um Voto de Louvor e Agradecimento apresentado  e aprovado pela Câmara de Vereadores de Rio Negro em 4 de março de 1969.

A iluminação da ponte em mercúrio misto e o aterro da sua cabeceira ficaram a cargo da Prefeitura, obras rapidamente concluídas.

ALCEU ANTÔNIO SWAROWSKI

1/2/1973 – 31/1/1977

1/2/1983 – 31/12/1988

Nascido em Rio Negro, no dia 13 de junho de 1932, Alceu Antônio Swarowski cursou Direito na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná.

Professor Licenciado em Geografia e História pela Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Federal do Paraná. Cursou Ciências Econômicas na Faculdade Plácido e Silva, ambos em Curitiba/PR.

De intensa vida pública, foi Promotor Substituto em Rio Negro, Professor consursado do Colégio Estadual “Caetano Munhoz da Rocha”, estabelecimento de ensino dos mais expressivos no município, onde também foi Diretor.

Foi professor no Colégio “Barão de Antonina” de Rio Negro, e do colégio homônimo de Mafra, da Escola Normal “Margarida Kirchner” e do Colégio Iguaçu em Curitiba.

No campo da comunicação foi locutor radiofônico em Curitiba e Rio Negro, desenvolvendo a oralidade e o contato direto com o publico, conhecendo assim seus verdadeiros anseios.

No campo jurídico, foi Assessor Jurídico da Prefeitura de Rio Negrinho, Santa Catarina, da Câmara Municipal de Rio Negro e da Cooperativa dos Ferroviários de Mafra.

Líder político, foi vereado r suplente na legislatura 1959-1963 e o vereador  mais votado para a legislatura 1964-1969, quando teve grande atuação na Câmara Municipal.

Eleito Prefeito Municipal para a gestão 1973-1976, teve uma das mais expressivas administrações municipais da história rionegrense, dentro de um contexto extremamente complicado da história brasileira, com o endurecimento da política por parte da Ditadura Militar implantada no país em 1964.

Embora em nível nacional os avanços sociais não fossem a premissa do Estado, no Município a gestão de Alceu Antônio Swarowski empenhou essa bandeira, promovendo política baseada no princípio de que só se pode promover justiça social, quando se cria uma forte base econômica.

Para isto, iniciou um amplo processo de industrialização não só na cidade como no interior, através da criação do 2º Distrito Industrial de Rio Negro, no Lajeado dos Vieiras.

Como o desenvolvimento precisa de energia elétrica, a administração de Alceu Antônio foi a pioneira na eletrificação rural que até então chegava somente até o Seminário Seráfico.

Desenvolveu eixos-viários integrando a Zona Rural à cidade, através de pavimentação, retificação e alargamento de estradas do Município.

Nesta conjuntura, os dois distritos industriais promoveram a sustentação econômica que possibilitou os investimento no campo social na sua  segunda Gestão 1983-1988, pautada na integração cidade-zona rural.

Nesse mandato foi implantado como forma de evitar o êxodo rural, assistência médico-veterinária, salas de aula, telefonia e, sobretudo, energia elétrica gratuita para o interior, totalizando mais de 425km de redes de energia e, em Educação, a criação do  2º Grau Municipal, no Lageado dos Vieiras.

O Magistério foi contemplado com um estatuto próprio equiparando os vencimentos municipais com os do Estado. Na cidade, os investimentos na área da saúde foram intensos: ambulâncias gratuitas, farmácia municipal, serviço preventivo do câncer, creche, políticas habitacionais voltadas para as populações de baixa renda através do Mutirão 1, 2 e 3 e criação do Instituto Riomafrense do Bem-Estar do Menor (IRBEM).

Para famílias com renda acima de 3 salários mínimos, construção de casas de pedra (ardósia, projeto pioneiro no Brasil).

Para os atingidos pela enchente de 1983, foi criada a Vila Fraternidade e promovida a recuperação e ampliação da Vila São Judas Tadeu.

Na área esportiva e cultural, destacam-se a aquisição do “Parque Esportivo Maximiano Pfeffer” e a ampliação do acervo da Biblioteca Pública Municipal em mais de 2.800 exemplares.

Segundo a Revista Dirigente Municipal:

“Com isso, este município foi o primeiro em crescimento do Estado em 1987 e o 147º dos 4.200 municípios de todo o Brasil (…).        Estendeu-se a Rede de Telefonia Rural para mais 9 localidades, melhorou-se a rede municipal de ensino com mais de 50 novas salas de aula. De 147 milhões (88) terá um orçamento de três bilhões e meio (89)  mais de 2000%”. (Ver. Dirigente Municipal, 1988, p.10)

Deputado Estadual de 1991 a 1994, na sequência foi mais uma vez eleito vereador em Rio Negro para a Legislação 2005-2008, quando apresentou projetos de grande relevância social, objetivando o desenvolvimento do senso de cidadania e o gosto pela leitura, principalmente em crianças e adolescentes.

Alceu Antônio Swarowski faleceu a 6 de setembro de 2007, em Rio Negro, onde foi sepultado com enorme presença da população de Rio Negro,  que o acompanhou até a última morada.

Com muita justiça foi concedida ao Deputado Estadual Alceu Antônio Swarowski a honra de ter uma avenida com seu nome no centro histórico de Rio Negro.

JOSÉ MULLER

1977 – 1982

1989 – 1992

Nascido em Rio Negro, em 26 de junho de 1930, foi aluno dedicado e assíduo do Colégio Barão de Antonina, concluindo nesse estabelecimento o ensino primário e secundário.

Entre os anos de 1947 a 1976 foi ferroviário da Rede Viação Paraná-Santa Catarina, ingressando na política em 1973, quando assumiu o cargo de vereador e Presidente da Câmara.

Eleito Prefeito Municipal exerceu a chefia do Executivo por 2 vezes, 1977 a 1982 e 1989 a 1992.

Esportista, atuou como goleiro em times de Curitiba, de modo especial no Palestra Itália. E, no Município, no Grêmio Rionegrense, por quase 10 anos. Seu amor pelos esportes revela-se no prêmio Placa de Ouro, oferecido pela Liga Desportiva Rionegrense.

Foi grande o incentivo que Juca Muller dedicou ao esporte amador da região, na construção do Ginásio “XV de Novembro”, posteriormente denominado “José Muller”.

Realizou a construção de diversas quadras poliesportivas nas escolas municipais, com o intuito de incentivar a prática esportiva nos mais diversos recantos do Município.

No setor de infraestrutura suas gestões à frente do Município foram marcadas pela construção do Terminal Rodoviário de Rio Negro, obra de fundamental importância para o desenvolvimento do Município.

Procedeu ao asfaltamento da Av. General Plínio Tourinho e pavimentou as vias marginais no parque industrial.

Atuando em praticamente todos os setores da vida do Município, a saúde pública recebeu devida atenção através da implantação de gabinetes dentários e da construção de postos de saúde nas localidades de Barra Grande e Roseira e nos bairros, Vila Nossa Senhora Aparecida e São Judas Tadeu.

Outro fato relevante para o Município foi a construção da Escola Especial “Tia Apolônia” e dos Centros Comunitários da Fazendinha, Lenços e Lageado dos Vieiras.

Com espírito de modernidade e avanço tecnológico, determinou a informatização da Prefeitura Municipal de Rio Negro.

Todas essas realizações garantiram a José Muller o diploma de “Mérito Municipalista”, oferecido pela Associação Brasileira de Prefeitos (ABRAP), nos anos de 1991 e 1992, e neste mesmo ano recebeu a menção oriunda da Associação Paranaense de Prefeitos, pelo modelo de gestão desenvolvida.

Faleceu a 16 de outubro de 1998, com 68 anos. Seu corpo foi sepultado no Cemitério Municipal de Rio Negro.

ARY SIQUEIRA

1/1/1997 – 31/12/2000

1/1/2001 – 1/1/2005

Natural de Corupá, Santa Catarina, Ary Siqueira nasceu em 15 de abril de 1950, vindo residir em Rio Negro. Fez os estudos primário no Colégio São José. Concluiu os estudos ginasial e secundário no Colégio Estadual Presidente  Caetano Munhoz da Rocha, em Rio Negro.

Formado em Matemática pela UnC – Universidade do Contestado, Campus Mafra, iniciou atividades no serviço público em 1870, na Junta Militar que naquele ano passou a ser de responsabilidade do Município.

A partir de então, atuou nos mais diversos setores da Prefeitura  Municipal, inclusive no IBGE, por cessão, para auxiliar na realização do Censo Populacional e Econômico de 1972.

Após longos anos no serviço público, passou para a atividade política. Eleito vereador em 1988 e em 1996, após exercer o cargo de Secretário da Administração, elegeu-se Prefeito Municipal, ocupando o cargo de 1/1/1997 a 31/12/2000.

Com a aprovação no Congresso Nacional da Lei que permitiu a reeleição nos cargos do executivo no Brasil, concorreu à reeleição e obteve mais um mandato no período de 1º de janeiro de 2001 a 1º de janeiro de 2005.

Seu governo tem apelo no setor cultural do Município tendo sido responsável pela instalação da sede da Prefeitura no antigo Seminário Seráfico São Luís de Tolosa. Cabe-lhe, também, a construção do Centro de Cultura “Agostinho Paizani Filho”, sede da Biblioteca Municipal Venceslau Muniz.

Na sua gestão deu-se a recuperação, em parceria com o Estado de Santa Catarina, da ponte metálica sobre o rio Negro, que passou a ser denominada de “Dr. Diniz Assis Henning”.

A restauração da Capela do Seminário através da realização de um curso de restauro em parceria com empresas locais, entre elas a Cic. Souza Cruz, com a Universidade Federal do Paraná e com o Ministério da Cultura, foi uma obra necessária e importante.

A partir de então, a Capela do Seminário passou a ser chamada de  “Capela Cônego José Ernser”.

Ainda cabe destacar na gestão de Ary Siqueira a criação do Museu Histórico Municipal “Professora Maria José França Foohs”, homenagem justa e meritória à insigne professora.

ALCEU RICARDO SWAROWSKI

1/181993 – 1/1/1997

1/1/2005 – 1/1/2009

1/1/2009 – 1/1/2013

Nasceu em Rio Negro, em 8/11/1961, filho de Alceu Antonio Swarowski (in memorian) e Eunice Dias Swarowski. Casou-se com Neusa Heuko Swarowski, de cuja união tiveram os folhos Fernanda e Ricardo.

Formou-se Técnico Industrial na Escola Técnica Tupy – Joinville, em 1978, e em Engenharia Mecânica pela Universidade  Federal de Santa Catarina UFSC – Florianópolis, em 1983.

Face à formação profissional, enveredou no ramo plástico com empresário em Rio Negro, de 1985 a 2005.

Foi Prefeito Municipal de Rio Negro entre 1993 e 1996, realizando um governo voltado ao planejamento.

Fez transformações urbanísticas como a duplicação das Avenidas Saturnino Olinto e Plínio Tourinho, recapeamento asfáltico da Rua Vicente Machado, da Rua XV de Novembro e do anel central de Rio Negro.

Criou o Parque Ecoturístico Municipal São Luis de Tolosa em 1995 e negociou de forma vantajosa para o Município a aquisição da área do antigo Seminário Seráfico. Nesse período foi desenvolvido o 1º Plano Diretor de Rio Negro e construídas 98 casa populares no Conjunto Habitacional Araucária.

No interior do Município, desenvolveu ação voltada ao “Homem do Campo”, visando criar infraestrutura forte, com boas estradas, energia elétrica e telefonia.

Novamente eleito Prefeito de Rio Negro, na gestão de 2005 a 2008, retomou o planejamento urbano e gestão.

O Plano Diretor foi revisado pela Lei 1764 de 21/12/2007, contemplando também a zona rural.

Em 2006  Rio Negro distingui-se na avaliação da Confederação Nacional dos Municípios com 10º melhor município do Paraná em qualidade de gestão pública e pela expressiva redução da mortalidade infantil na área de saúde pública.

No período acima o Município foi avaliado pelo Ministério da Educação como 7º melhor do Estado do Paraná em qualidade de Educação.

Em 2008, reeleito Prefeito Municipal de Rio Negro, deu continuidade às obras e ações iniciadas em 2005, destacando-se no início da gestão a revitalização do “Centro Histórico” da cidade, com a restauração do antigo “Paço Municipal” para abrigar nele o Arquivo Histórico Municipal.

Obteve junto ao Governo Federal a construção do Fórum Eleitoral, além de disciplinar áreas adequadas para a construção do novo Fórum de Justiça e ainda com recursos da mesma fonte, a construção da Agência do INSS, em Rio Negro, no Campo do Gado, que se consolidou como novo centro comercial.

Como o Prefeito Alceu Ricardo sempre se preocupou com espaços públicos destinados ao encontro das famílias rionegrenses, sua gestão administrativas foi marcada pela construção de logradouros públicos: Praça Amaro Rufino Furtado, Praça Rubens Dias da Silva, Calçadão Albany Bussmann, Largo Deputado Alceu Antonio Swarowski, Praça Isauro Seidel, Praça Bucovina e Portal, Praça Lions Clube e, em 2009, inicia-se a construção da Praça Alemã, junto ao Portal Bucovino.

Além de construir praças, a administração de Alceu se caracteriza pela revitalização de outras, como Mathias Augusto Bohn, João Pessoa, Coronel Buarque e Max Wolf e a implantação do Parque Infantil e de uma Cancha Poliesportiva no bosque do Seminário.

Priorizando a Saúde Pública, em 2010 será implantado o SAMU – Serviço de Atendimento Médico de Urgência e a UPA – Unidade de Pronto Atendimento.

Fonte: As informações são do livro “Rio Negro, sua gente, seus prefeitos”, escrito em 2010 por Ayrton Gonçalves Celestino. Para adquirir o livro envie um e-mail para ayrgcelestino@ig.com.br