Rio Negro se orgulha de ter entre seus filhos um grande herói brasileiro: o sargento Max Wolff Filho, um grande combatente da Força Expedicionária Brasileira durante a Segunda Guerra Mundial. Max ficou conhecido por sua bravura, desassombro e a forma carinhosa e paternalista com que tratava seus subordinados.

Nascido em Rio Negro, em 29 de julho de 1911 , era filho de Max Wolff e de dona Etelvina Pacheco. Serviu ao Exército pela primeira vez, se alistando no então 15º BC, em Curitiba, hoje 20º BIB, onde participou da Revolução de 1930. Transferido para o Rio de Janeiro, combateu a Revolução de 1932 no Vale do Paraíba.

Durante a 2ª Grande Guerra, apresentou-se voluntariamente, tendo sido designado para a 1ª companhia, do 1º Batalhão do já tradicional 11º Regimento de Infantaria, em São João Del Rei, aos 33 anos de idade. Ingressou na FEB como 3º Sargento e, dada suas atitudes, desde cedo tornou- se muito popular e querido.

O sargento Wolff, como era chamado, se apresentava voluntariamente para as missões difíceis, principalmente participando de patrulhas. Indicado por sua coragem incomum e pelo excepcional senso de responsabilidade passou a ser presença obrigatória de todas as ações de patrulha, de todas as companhias, como condição indispensável ao êxito das incursões. Tais qualidades o elevaram ao comando de um pelotão de choque, integrado por homens de elevados atributos de combate.

Com duas fitas de munição trançadas sobre seus ombros e convencido de que o inimigo recuava, abandonou o caminho previsto para desassombro de sua patrulha. O inimigo deixou que chegasse bem perto, até quando não pudesse mais errar e abriu uma rajada, atingindo e ferindo mortalmente Max no peito. Após esta cena, sucedeu a ação quase suicida de seus liderados para resgatar o corpo do comandante. Os soldados do Onze queriam, a qualquer custo, buscar o companheiro na cratera para onde tinha sido trazido, lembrando a ação que ele mesmo praticara tantas vezes.

Seu nome estará sempre presente porque as grandes ações resistem ao tempo e são eternas. Foi promovido “post-mortem” ao posto de 2º Tenente (Decreto Presidencial, de 28 Jun 45). Max Wolff Filho sempre deixou claro o seu orgulho em pertencer ao Exército Brasileiro. Foi homenageado com a distinção de ser agraciado com cinco medalhas: de Campanha; Sangue do Brasil; Bronze Star (americana), Cruz de Combate de 1ª Classe e Medalha de Guerra.

Max é considerado herói da Força Expedicionária Brasileira, e por ser cidadão rionegrense, nos orgulha com sua história, que está sendo resgatada pela Secretaria de Cultura e Turismo de Rio Negro, juntamente com o 5º Regimento de Carros de Combate e a historiadora Maria da Glória Foohs. Toda a bravura e apreço desse herói serão revelados no 70º aniversário de sua morte. Não deixe de conhecer esse ilustre herói rionegrense.