A aluna Ana Maria Treml tem 91 anos e ainda encontra disposição para aprender. Ela frequenta a oficina de Mafra, realizada em parceria com a Associação Amigos da Cultura Mafrense, que fez o encerramento dos cursos com exposição e apresentações dos alunos.  Dona Ana estava feliz com sua obra em crochê. Além de trabalhar com fios ela também faz pintura em tela.

As obras de dona Ana e de outros cerca de 800 alunos que frequentaram as 12 oficinas de cultura, ficaram expostas à visitação de familiares, amigos e comunidade em geral, na noite da ultima quarta-feira, 3, no Lar dos Velhinhos São Francisco de Assis. As apresentações artísticas de violão, teclado e de dança emocionaram os presentes.

Essas oficinas representam o acesso à arte para aqueles que muitas vezes não tem condições de pagar por aulas particulares de música, dança entre outros.

Valorização

Ana Treml disse que gosta das aulas, principalmente porque elas ensinam aos mais novos uma arte que estava se perdendo. “Agora ao contrário, o tricô e o crochê estão sendo valorizados novamente”. Já a professora Bernadete Villa Lobos Drapala, que orienta dona Ana, tem sido uma lutadora pelas oficinas gratuitas.  Para ela, o artesanato gera renda extra na família. “Hoje tenho alunas que ganham mais com artesanato do que trabalhando com diarista”, afirmou e destacou ainda que, tanto para quem aprende, como para quem ensina as oficinas chegam a ser uma terapia “muito gratificante”.

As alunas da oficina de dança, Carina, Andrieli Jéssica, Jheniffer, Sabrina e Géssica salientaram a importância de serem gratuitas, que possibilitam as aulas para quem não tem condições de pagar particular. Para elas as aulas são boas e produtivas.